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Posso levar um recém-nacido para uma consulta de osteopatia?

Uma das minhas professoras que muito admiro, Carmen Lillo, diz que o melhor momento para tratar um bebê é quando ele ainda está no útero materno. No último trimestre quando esse bebê ganha peso e aumenta seu volume, muitas vezes o espaço ocupado por esse útero gravídico está restrito no seu desenvolvimento.

Cicatrizes de cesárias prévias, endometrioses, miomas uterinos, aumento de líquido amniótico, cirurgias abdominais são algumas das causas para restrição do desdobramento adequado dessa musculatura que muda enormemente de tamanho no processo da gravidez. Ainda temos as questões osteoarticulares da gestante, uma pelve muito assimétrica, uma fratura antiga de cóccix, um períneo ineficiente. Muitas abordagens podem ajudar a ganhar esse espaço, Spinning babies, yoga, fisioterapia pélvica.

A inatividade materna, com repousos prolongados por exemplo, também vai proporcionar espaço menos adequado para o desenvolvimento desse bebê. Um exemplo prático disso pude observar na pandemia de Covid-19. Muitos bebês “amassados” e muitas mães com diabetes gestacional. Uma atividade aeróbica ajuda a criar espaço para a gestação.

O bebê tem uma inteligência corporal incrível e quase sempre vai buscar a posição chamada Occipto-ilíaco-anterior-esquerdo (OIAE), quando isso não acontece é porque houve algum impedimento na fisiologia da gestante que o fez buscar mais espaço de outra forma. Isso vale também para o bebê pélvico. Muitas vezes quando se trabalha o corpo daquela gestante, organizando o espaço, o bebê segue sozinho para a posição cefálica.

Depois de nascer, se esse bebê passou por um parto instrumentalizado, mais longo ou difícil, também vale buscar um osteopata. Se notarmos dificuldades na amamentação e se houver assimetrias cranianas importantes, especialmente na face, também há indicação, mas sobre amamentação explico em outro texto. O importante é saber que quando há necessidade, o quanto antes for a consulta, mais fácil será o tratamento.

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